quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Maior diálogo entre os municípios é vital para mais investimentos, diz presidente da Codevasf


Matos: MMA tem de coordenar diálogo entre prefeituras
O Presidente da Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) Elmo Vaz Bastos de Matos participou hoje pela manhã, no Ministério do Meio Ambiente, da reunião para a apreciação da minuta do novo decreto do Programa de Revitalização do Rio São Francisco .

Nomeado pela presidenta Dilma Rouseff há seis meses, Elmo é engenheiro civil de formação, com MBA em Saneamento Ambiental (FGV). Foi superintende de Operações da Região Norte da Bahia na Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A (Embasa) e diretor geral da Construções Administrativas da Bahia (Sucab).

Na sua fala, durante a reunião, declarou-se otimista com o novo contexto da gestão do Programa, mas apontou as dificuldades da Codevasf junto aos municípios da bacia. “A formação dos consórcios entre as prefeituras facilitaria os investimentos na região”, afirma.

Depois da reunião, Elmo respondeu algumas questões para o blog.

Blog - A falta de integração entre os municípios é um entrave para a execução da Codevasf?

Elmo – Sim. Vejo dificuldades entre as prefeituras para se organizarem em consórcios. Sem tais consórcios fica difícil cumprir toda a agenda de investimentos que temos para aquela região. Sei que muitas vezes há questões políticas entre as prefeituras que impedem a formação desses consórcios, mas outras há também que é apenas falta de uma melhor articulação entre elas.

Blog - E quem poderia fazer essas articulações?

Elmo – O Ministério do Meio Ambiente é a principal instituição que poderia ir a campo e fazer essa articulação, abrir o diálogo entre os municípios para que eles se organizem e comecem uma agenda de trabalho para se consorciar. Isso facilitaria muito a agenda de investimentos da Cedevasf. Há muitos recursos do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) que precisam da formação desses consórcios para ser executados.

Blog – Qual as expectativas que o senhor tem em relação ao novo decreto do Programa de Revitalização do São Francisco?

Elmo – Acho que o maior ganho é a efetivação, de fato, das organizações sociais com voz ativa nos conselho gestor. Assim teremos a garantia de uma participação democrática, continuada e transparente da sociedade civl na direção do Programa.

Sei que isso já foi incluido na minuta e é uma das principais propostas. Até porque está na recomendação do Ácordão do TCU  (Nº 1457/2012). Mas para que não fique só no papel, será preciso um esforço de todos os membros do Programa e principalmente dos participantes do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco.

Blog – Na reunião o senhor citou o programa “Água Para Todos (PAT)” do governo da Bahia com exemplo de transparência a ser seguido?

Elmo – Sim. Acho que o PAT conseguiu uma gestão da informação que é um exemplo a ser replicado. Mensalmente, os dados relativos à execução do programa são recolhidos de todas as áreas administrativas e publicados na internet.

Assim, o cidadão pode acompanhar mês a mês qual o destino dos recursos e a quantas anda a administração. Visite o site, aqui.


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