Larissa Malty como a "Velha do Carrado", em Piranhas/AL |
“Fogo Ardente, Água Corrente” será exibido na
sexta-feira, dia 21, às 10h, no auditório do Ibama/Sede; evento
terá lançamento de livro homônimo e bate-papo com autora, Larissa
Malty
A Velha do Cerrado caminha pelas margens do São
Francisco da nascente, no Planalto Central, até a foz, em Alagoas.
Durante a travessia, reflete sobre a relação das pessoas com o meio
onde vivem.
Esse é o tema do curta-metragem que Larissa Malty, analista
ambiental do Ministério do Meio Ambiente, criou para
chamar a atenção para o problema do fogo no Cerrado e também para a gestão
das águas nesse ecossistema.
Artista multimídia, Larissa aproveitou o tema da “velha
que conta histórias" para também escrever um livro homônimo, cujos
textos, segundo conta, foram surgindo durante as extensas filmagens
de campo, em 2011.
O curta-metragem de cerca 10 minutos tem passagens na
Estação Ecológica das Águas Emendadas, no Distrito Federal, onde
se localiza uma das nascentes do São Francisco; no Jardim Botânico
de Brasília, onde foram filmadas as cenas de queimadas; e no Velho Chico, nos municípios de Piranhas e Piaçabuçu, na calha do rio, em Alagoas.
A Velha do Carrado, em Penedo/AL |
Diversidade cultural: diversidade biológica –
Durante as gravações, Larissa conta que teve a grata
experiência de conhecer a diversidade cultural nas cidades às
margens do rio. (tesouro nacional, mas pouco lembrado
pelas operadoras de turismo interno). São séculos de histórias
narradas pelos repentes, pela arquitetura dos casarões e igrejas e pelos festejos tradicionais. “Trata-se de um patrimônio cultural muio
forte”, garante ela.
Outra riqueza que encheram os olhos da artista a diversidade biológica da bacia do
rio São Francisco. “Acompanhando a calha rio abaixo, você
encontra não só Cerrado e Caatinga, mas também Mata Atlântica e
outras florestas”, afirma.
E isso, segundo conta, não é por acaso: “diversidade
cultural e alta biodiversidade guardam relação direta – um coisa
está conectada à outra”, garante.
Esse, aliás, foi o tema da tese que defendeu no mestrado, em 2010, no Centro de Desenvolvimento Sustentável (CDS/UnB). Nessa época foi que surgiu a protagonista da história, a 'Velha do Cerrado'.
Curta teve tomadas desde a nascente à foz do rio São Franciso |
Um dia, quando se debruçava sobre os
materiais de pesquisa, a velha lhe apareceu e não saiu mais de sua
mente. Desde então, vem fecundando a produção de Larissa. Já rendeu um primeiro livro: “Alumeia – o
Cerrado que a Velha Conta”, editado em 2010, pela Editora LGE (veja
matéria aqui)”, e agora esse curta-metragem e o segundo livro.
E
tem mais: inquieta, Larissa tem planos para aprofundar sua pesquisa.
No mês que vem, embarca para Portugal, onde pretende dar continuidade ao
doutorado, estudando o paralelo entre a história cultural
do São Francisco e do Tejo – rio que corta a península Ibérica e que inspirou escritores com o Camões, Ferando Pessoa, josé Saramago e Cervantes.
Serviço – Para quem quiser assistir ao “Fogo Ardente, Água Corrente” na
telona, haverá uma sessão na sexta-feira, dia 21, às 10h, no auditório do Ibama/Sede. O curta tem roteiro da própria Larissa Malty, que também interpreta a "Velha do Cerrado". A direção é de Pablo Le
Roy. E a trilha sonora é de ninguém menos que Geraldo Azevedo em
parceira com Vavá Cunha.
Logo depois, a irriquieta
artista multimídia, arte-educadora e analista ambiental e velha do cerrado, Larissa Malty, vai participar de um bate-papo com a plateia. Quem não puder ir, o “Fogo Ardente, Água
Corrente” já está no YouTube, veja abaixo:
O livro “Fogo Ardente, Água Corrente” também está disponível para baixar, é só clicar aqui: http://www.4shared.com/folder/G7awIQ_H/_online.html
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