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Volume 7 da Revista Brasileira de
Educação Ambiental é o primeiro publicado em 2012, e numa altura
do ano em que já tiveram lugar ocorrências importantes para o campo
da Educação Ambiental: no mês de março, em Salvador/BA, foi
realizado o VII Fórum Brasileiro de Educação Ambiental; no
contexto da Rio + 20, em junho, aconteceu a 2ª Jornada Internacional
de Educação Ambiental em torno do Tratado de Educação Ambiental
para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global; ocorreu a V
edição do Colóquio de Pesquisadores em Educação Ambiental da
Região Sul, tendo a Universidade Federal do Rio Grande (FURG) como
anfitriã; o Ministério Público do Estado do Espírito Santo, numa
ação exemplar, firmou Termo de Compromisso com o Governo Capixaba
no sentido de estabelecer ações destinadas ao cumprimento da PNEA e
da Lei Estadual de EA; o Conselho Nacional de Educação aprova as
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental; foi
criado o Fundo Brasileiro de Educação Ambiental – FUNBEA; o
Estado do Mato Grosso desencadeia um movimento que já é de revisão
da sua Política Estadual de Educação Ambiental e outras unidades
da federação avançaram no processo de construção das suas
políticas estaduais; o governo federal lança a chamada para a IV
Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente e institui o
Grupo de Trabalho Interministerial para definir as diretrizes do
Programa Juventude e Meio Ambiente; e foram recorrentes, em todo o
país, em diferentes níveis e escalas, eventos e debates sobre o
tema da Educação Ambiental.
Essas múltiplas ocorrências revelam, de um lado, um campo em constante movimento, que vai se constituindo por atividades de pesquisa, ensino e extensão realizadas nas universidades; por ações de políticas públicas, em diferentes instâncias de governo; por iniciativas e experiências pedagógicas levadas a termo no âmbito dos sistemas de ensino; pelo valoroso trabalho do movimento ambientalista, mas também e sobretudo, pelo esforço da comunidade de educadores e educadoras que se articulam, mobilizam e militam em nome de um projeto de sociedade ambientalmente justa e sustentável e alicerçado no princípio da afirmação dos direitos.
Por outro lado, o contexto
multifacetado do debate contemporâneo sobre as premissas e bases da
Educação Ambiental e, por consequência, a pouquíssima renovação
dos argumentos teóricos, conceituais e metodológicos que a
sustentam e que igualmente servem de referência para as práticas
que em seu nome ganham forma, nos remete a uma questão-chave,
inescapável, e que deve merecer nossa atenção: qual o devir da
Educação Ambiental?
A resposta à questão, que é de
fundo e, portanto, estruturante, será construída certamente pelo
acumulo das reflexões que seremos capazes de gerar por meio de
artigos, textos, livros, dissertações, teses, diálogos, debates,
discussões; pela nossa capacidade de inventividade; pelas
experiências que teremos oportunidade de forjar; permitindo-nos
gerar assim novas perspectivas, horizontes e possibilidades para o
campo da Educação Ambiental, assentado no princípio de uma
radicalidade que funcione como vetor que contribua na construção
das bases de um novo modelo civilizatório.
Nesse contexto, o papel da REVBEA é
o de também apresentar-se como um dos recursos para veicular o
necessário debate sobre o vir-a-ser da Educação Ambiental.
O presente número da REVBEA está composto por uma coletânea de 10 artigos que vêm abordando a EA no contexto de diferentes interfaces: resíduos sólidos em Instituição de Ensino Superior, mobilização, percepção ambiental, horta escolar, no contexto do ensino formal, estética ambiental, relacionada a construção de valores, assim como traz uma síntese teórico-conceitual sobre a processo de constituição do campo.
O presente número da REVBEA está composto por uma coletânea de 10 artigos que vêm abordando a EA no contexto de diferentes interfaces: resíduos sólidos em Instituição de Ensino Superior, mobilização, percepção ambiental, horta escolar, no contexto do ensino formal, estética ambiental, relacionada a construção de valores, assim como traz uma síntese teórico-conceitual sobre a processo de constituição do campo.
Com esse escopo, caracterizado pela
diversidade de abordagens, a Revista Brasileira de Educação
Ambiental vai dando sentido ao seu compromisso de se constituir num
espaço aberto e democrático para que reflexões e experiências que
se situam no campo da Educação Ambiental ganhem visibilidade.
Cumpre-se assim o propósito que orienta e referencia este periódico,
mantido pelo ânimo voluntarioso e colaborativo do enorme coletivo
que lhe dá sentido, forma e que a mantêm.
Boa leitura!
José Vicente de Freitas
Maria do Carmo Galiazzi
Maria do Carmo Galiazzi
Editores
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